Jesus Cristo é o “grande Deus” mencionado em Tito 2:13?


προσδεχόμενοι τὴν μακαρίαν ἐλπίδα καὶ 

ἐπιφάνειαν τῆς δόξης τοῦ μεγάλου θεοῦ καὶ σωτῆρος ἡμῶν Ἰησοῦ Χριστοῦ

     “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.” – Tito 2:13, Imprensa Bíblica Brasileira.
     “do grande Deus e do Salvador Nosso, Jesus Cristo”. – Tito 2:13, Novo Testamento, de Mateus Hoepers, Editora Vozes Ltda., Petrópolis, RJ.
 Veja como um famoso tradutor Batista em sua versão do Novo Testamento traduziu Tito 2:13 aqui.

Por que existem versões diferentes para essa passagem bíblica? Como o leitor pode muito bem observar, a primeira tradução transcrita acima coloca Jesus como sendo o “nosso grande Deus e Salvador”, ao passo que a segunda versão distingue o “grande Deus” de Jesus Cristo, sendo o Senhor Jesus mencionado como “Salvador”. Qual das duas traduções está correta? O primeiro modo de traduzir essa passagem interfere no conceito geral que a Bíblia apresenta sobre a pessoa de Jesus Cristo, como subordinado ao seu Pai? Faz com que ele seja igual em poder, autoridade e eternidade a seu Pai celestial?

Estabelecendo o assunto na perspectiva correta

     Em primeiro lugar, é preciso ressaltar o seguinte: as traduções que vertem Tito 2:13 de modo a identificar Jesus com o “grande Deus” não mudam o quadro apresentado na Bíblia, que descreve o Filho como sendo subordinado ao Pai.[1] Ademais, a Bíblia usa o substantivo comum “Deus” para a pessoa do Filho. Ele é chamado de “Deus poderoso” em Isaías 9:6 e de “Deus unigênito” em João 1:18. No entanto, isso não o coloca em condição de igualdade com o Pai, o único referido como “o Deus Todo-poderoso”. (Gên. 17:1) De fato, o termo “Deus” é aplicado até mesmo a humanos, no sentido de terem recebido poder e autoridade da parte de Jeová, o Deus Todo-poderoso. (Êxo. 4:16; 7:1; Sal. 82:1-6) Assim sendo, o modo como Tito 2:13 é traduzido não compromete a clara doutrina bíblica de subordinacionismo do Filho em relação ao Pai.

Portanto, o que este artigo se propõe a examinar não são primariamente questões teológicas, e sim o aspecto gramatical, que ressalta a tradução que transmite a ideia correta proposta pelo escritor e, acima de tudo, pelo Autor da Bíblia, Jeová Deus. Assim, ao invés de a tradução de Tito 2:13 determinar uma doutrina, ela determinará que tradutor, ou comissão de tradução, conseguiu transmitir o sentido puro demandado pelo texto grego, granjeando o devido crédito para a versão da Bíblia que assim o fez.

As versões da Bíblia que traduzem Tito 2:13 de modo a identificar o “grande Deus” com a pessoa de Cristo seguem o que ficou conhecido como a Regra de Sharp – um conjunto de seis princípios por ele enunciados. Assim, este artigo também apresenta um estudo sério e imparcial quanto a se existe respaldo bíblico, ou legitimidade, para duas das seis proposições (regras) que fazem parte da Regra de Sharp.

       A primeira regra de Granville Sharp, formulada há mais de um século, enuncia que:
 
     Quando a conjunção copulativa kaí (“e”) liga dois nomes (substantivos, adjetivos ou particípios) do mesmo caso, se o artigo HO, ou qualquer dos seus casos, precede o primeiro dos referidos substantivos ou particípios, e não é repetido antes do segundo substantivo ou particípio, o último sempre se relaciona à mesma pessoa que é expressa ou descrita pelo primeiro nome ou particípio; isto é, ele denota outra descrição da primeira pessoa nomeada.[2]
     Esse enunciado de Granville Sharp afirma que, visto não se repetir o artigo (“o”) antes do segundo substantivo (Salvador) em Tito 2:13, os dois substantivos referem-se à mesma pessoa. Isto significaria que “grande Deus” e “Salvador” descrevem ambos a Jesus, como se o significado fosse: ‘de Jesus Cristo, o grande Deus e nosso Salvador.’
 
     Em adição, a sexta regra de Sharp declara:
 
     E, como a inserção da [conjunção] copulativa KAI entre substantivos do mesmo caso, sem artigos, indica que o segundo substantivo exprime outra pessoa, coisa, ou qualidade, a partir do substantivo anterior, assim, de igual modo, ocorre o mesmo efeito copulativo quando cada um dos substantivos é precedido de artigos.
     Esta última regra afirma que dois nomes não precedidos por artigo (anartros) e ligados por kaí indicam pessoas, coisas ou qualidades diferentes, do mesmo modo como dois nomes ligados por kaí precedidos por artigo (articulados) igualmente indicam pessoas, coisas ou qualidades diferentes.

Examinando a primeira regra de Sharp

     Um estudo consciencioso do grego bíblico revela que, quando duas pessoas (ou coisas) diferentes são ligadas por “e” (καί), se a primeira pessoa (ou coisa) for precedida pelo artigo definido, não é necessário repetir o artigo definido antes da segunda. Evidência disso é encontrada na comparação entre em 2 Pedro 1:1 (que emprega a construção gramatical salientada na primeira regra de Sharp), e 2 Pedro 1:2, que emprega uma construção que faz nítida distinção entre Deus e Jesus.
2 Pedro 1:1:
ἐν δικαιοσύνῃ τοῦ θεοῦ ἡμῶν    καὶ σωτῆρος Ἰησοῦ Χριστοῦ
en dikaiosýnei toû Theoû hemôn kaì sotêros Iesoû Khristoû
pela  justiça     do   Deus  nosso   e   Salvador Jesus  Cristo
     A tradução acima segue os parâmetros da regra de Sharp, pontuando Jesus Cristo como sendo o “Deus nosso” e “Salvador”. Contudo, verter o texto desse modo conflita com o versículo seguinte. Observe:
2 Pedro 1:2:

ἐν     ἐπιγνώσει                τοῦ θεοῦ   καὶ Ἰησοῦ      τοῦ    κυρίου ἡμῶν

en     epignósei                toû Theoû  kaì  Iesoû       toû   kyríou hemôn

pelo conhecimento exato do Deus    e     de Jesus,  o  Senhor nosso

     Como vimos, a construção em 2 Pedro 1:2 repete o artigo definido antes da segunda pessoa, fazendo clara diferenciação entre Deus e Cristo. Alguém poderia asseverar que esse último texto se enquadra na sexta regra de Sharp, a qual enuncia que substantivos do mesmo caso, precedidos de artigos e ligados por kaí, indicam pessoas, coisas ou qualidades diferentes. Nesse caso, o nome próprio “Jesus”, no genitivo, tornar-se-ia uma inserção parentética, dentro da estrutura gramatical proposta pela sexta regra. Teologicamente, isso seria um golpe em ambas as regras. Pois a primeira regra de Sharp em 1 Pedro 1:1 identificaria Deus com Jesus Cristo, ao passo que a sexta regra no versículo seguinte os diferenciaria, como sendo pessoas ou seres diferentes.

 Mas, o ponto é que 2 Pedro 1:2 faz clara diferenciação entre Deus e Cristo, estabelecendo a ilegitimidade da primeira regra de Sharp na estrutura gramatical do versículo 1. Por outro lado, a bem da harmonia doutrinal entre os dois versículos – e para como a inteira Palavra de Deus – o que ocorre em 2 Pedro 1:1 é a identificação de outra regra, a qual estabelece verdadeiramente que, quando duas pessoas diferentes são ligadas por “e” (καί), se a primeira pessoa for precedida pelo artigo definido, não é necessário repetir o artigo definido antes da segunda pessoa. O artigo, nesse caso, estará subentendido. Isso está em harmonia com a característica frequentemente elíptica da língua grega.

     A fim de harmonizar os dois versículos, a BLH coloca a seguinte nota de rodapé a respeito da primeira construção no versículo 1: “do nosso Deus … Cristo; ou do nosso Deus e do nosso Salvador Jesus Cristo.”
     Exemplos adicionais dessa construção no texto grego são encontrados nas passagens abaixo:
Atos 13:50: “contra Paulo e Barnabé” (ἐπὶ τὸν Παῦλον καὶ Βαρναβᾶν; epì tòn Paûlon kaì Barnabãn); literalmente “contra Paulo e Barnabé”.
Atos 15:22: “junto com Paulo e Barnabé” ( σὺν τῷ Παύλῳ καὶ Βαρναβᾷ; syn tôi Paúloi  kaì Barnabãi); literalmente “junto com Paulo e Barnabé”.
Efé. 2:20: “sobre o alicerce dos apóstolos e profetas” (ἐπὶ τῷ θεμελίῳ τῶν ἀποστόλων καὶ προφητῶν; epì tõi themelíoi tõn apostólon kaì profetõn).
Efé. 4:11: “alguns como pastores e instrutores” (τοὺς δὲ ποιμένας καὶ διδασκάλους; toùs dè poiménas kaì didaskálous).
Atos 17:18: “Dos epicureus e estoicos” (τῶν Ἐπικουρείων καὶ Στοϊκῶν; tõn Epikoureíon kaì Stoïkõn).
2 Cor. 10:1: “pela brandura e benignidade do Cristo” ( διὰ τῆς πραΰτητος καὶ ἐπιεικείας τοῦ Χριστοῦ; dià tês praütetos kaì epieikeías toû Khristoû).
Efé. 3:18: “qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” (τί τὸ πλάτος καὶ μῆκος καὶ ὕψος καὶ βάθος; tí  plátos, kaì mêkos kaì hýpsos kaì báthos).
Mat. 21:12: “os que vendiam e compravam no templo” (τοὺς πωλοῦντας καὶ ἀγοράζοντας ἐν τῷ ἱερῷ; toús poloúntas kaì agorázontas em tõi hierõi).

Todos os exemplos acima se referem a pessoas, coisas ou grupos distintos, que são apresentados numa construção gramatical em que o primeiro (ser, coisa ou grupo) é precedido de artigo e ligado pela conjunção copulativa kaí ao segundo (ser, coisa ou grupo), que se encontra no mesmo caso. Mesmo assim, isso não faz com que o segundo (ser, coisa ou grupo) seja o mesmo que o primeiro, como pretende a regra elaborada por Sharp.  Ou seja, os epicureus não eram os mesmos que os estoicos; brandura e benignidade são qualidades distintas; largura, comprimento, altura e profundidade são características diferentes. É evidente que as pessoas que vendiam não eram as mesmas que compravam. Isto pode ser comprovado porque Marcos diferencia as duas classes pela inserção de τούς (“os”) antes de αγοράζοντας [“os que compravam”], fazendo o texto rezar:

τοὺς πωλοῦντας καὶ τοὺς ἀγοράζοντας  (toùspo·loún·tas kai toùs a·go··zon·tas);
          “os  que vendiam e os que compravam”literalmente: “os que vendiam e os que compravam”. (Mar. 11:15)

Em Mateus 21:12 a elipse do artigo é suprida pela inteligência do leitor para diferenciar ambos os grupos.    Como vimos dos exemplos acima, essa é a habitual linguagem usada pelos escritores das Escrituras Cristãs no caso de pessoas ou coisas distintas, não havendo nenhuma necessidade da repetição do artigo para impedir a ambiguidade.

 τοὺς  πωλοῦντας  καὶ  ἀγοράζοντας   (Mateus 21:12)

  “os que vendiam    e     compravam”

Restrições impostas à regra pelos defensores da Trindade

Em função da extrema debilidade da primeira regra de Sharp, os trinitaristas trataram de restringi-la ao máximo, procurando eliminar todas as possíveis exceções a ela, de modo a torná-la uma regra “sem exceção”. Postularam assim que a regra não se aplica a nomes próprios, nem a coisas ou objetos, ou a substantivos abstratos, nem quando houver plurais e numerais. O enunciado de Sharp, conforme citado frequentemente pelos trinitários, não contém em sua definição todas essas restrições. No entanto, os defensores da Trindade fizeram um esforço árduo para “melhorar” a regra, ação que pressupõe a admissão da inexatidão e da ineficácia da mesma. Eliminando-se todas essas exceções, pareceria certo que tal regra ficaria realmente uma “regra sem exceções”. Ou como diz um ditado coloquial: “Tirando os defeitos, tudo fica perfeito.”

No entanto, apesar de todas essas restrições, a regra ainda não ficou perfeita. Podemos ver isso no texto de Provérbios 24:21 na Versão Septuaginta:

 
fo·boú ton the·ón, hui·é, kai ba·si·lé·a
Teme  o[3]    Deus,   filho,  e   rei.

“Deus” e “rei” são ligados pela copulativa kaí, estão ambos no acusativo, sendo que o primeiro substantivo é precedido de artigo ao passo que o último não.   Pela regra de Sharp, ambos os nomes deveriam referir-se à mesma pessoa. Contudo, o texto se refere a pessoas DIFERENTES. Em primeiro lugar, a continuação do versículo mostra isso: “Não te metas com os que estão a favor duma mudança.” Assim, o respeito ao governante humano impediria o servo de Deus de promover revoluções ou atentados contra o poder vigente. Em segundo lugar, temos a citação indireta que Pedro faz desse provérbio em 1 Pedro 2:17c, que declara: “Tende temor de Deus, dai honra ao rei.”

     As traduções da cristandade reconhecem a distinção entre “Deus” e “rei”, e vertem Provérbios 24:21 de modo a indicar isso:
     “Teme ao SENHOR, filho meu, e ao rei, e não te ponhas com os que buscam mudanças.” –ACRF; veja também Al; ALA; IBB; NVI; NTLH; Ave Maria; CNBB.[4]

Ademais, na relação Deus e Cristo, encontramos alegados exemplos da primeira regra de Sharp, citados pelos defensores da mesma, mas cujo contexto demonstra que a referida regra é inválida. Os trinitaristas citam Efésios 5:5; 2 Tessalonicenses 1:12, 1 Timóteo 5:21 e 2 Timóteo 4:1. Vamos examinar o primeiro desses textos: Efésios 5:5.

Efé. 5:5:         ἐν τῇ βασιλείᾳ τοῦ Χριστοῦ καὶ θεοῦ
Literalmente:  no    reino        do   Cristo[5]     e    Deus

A aplicação de Sharp a essa passagem faria com que os substantivos “Cristo” e “Deus” se referissem ao mesmo Ser. No entanto, traduzir assim conflitaria com a esmagadora evidência de que o “reino” procede de Deus, o Pai, e a ele pertence. O próprio Jesus disse: “Venha o teu reino.” (Mat. 6:10) Encontramos 66 ocorrências da expressão “reino de Deus” no “Novo Testamento”, e Jesus identificou claramente o “Deus” a quem tal “reino” pertence e de quem ele procede, quando usou a expressão “reino de meu Pai”. (Mat. 26:29) O texto paralelo usa a expressão “reino de Deus”, indicando que Deus é o Pai. (Luc. 22:18) Cristo recebe o “reino” de seu Deus e Pai (Dan. 7:13, 14; Luc. 22:29), e o devolverá a Ele. (1 Cor. 15:24) Por todas essas razões, o Reino é primariamente de Deus, o Pai, que o compartilha com seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Assim, Efésios 5:5 menciona o “reino de Cristo” por este ser o principal Recebedor do Reino e aquele por meio de quem as pessoas se chegam a Deus, sendo que a expressão subsequente – “e de Deus” – estabelece o Autor e Dador desse reino. Reconhecendo esse fato, as traduções da cristandade costumam verter o texto por “reino de Cristo e de Deus”, mostrando que os substantivos “Cristo” e “Deus” se referem a seres distintos. Veja ACRF, IBB, NVI, KJ, Ave Maria, CNBB, BJ, NAB, Douay-Rheims, RSV.

 Assim, as regras inventadas arbitrariamente pelos trinitaristas para tentar dar suporte a uma doutrina antibíblica os coloca na constrangedora condição descrita em Isaías 28:20, que diz: “Vocês serão como o homem de que fala aquele provérbio: ‘A cama é tão curta, que ele não pode se deitar, o cobertor é tão estreito, que não dá para ele se cobrir.’” (NTLH) De fato, por mais que se ‘encolham’ em relação à regra de Sharp, por estabelecer o máximo de restrições a tal regra, ela ainda é “curta” e ‘estreita’ demais para abranger todos os casos de construção gramatical aos quais ela deveria se aplicar, colocando seus defensores em “maus lençóis”, por assim dizer.

Incoerência de alguns proponentes da regra de Sharp

Tradutores trinitaristas não reconhecem a clara regra bíblica de elipse da repetição do artigo e vertem Tito 2:13 segundo a regra de Sharp, como se aplicando apenas à pessoa de Cristo. (Veja IBBABV, Al, ALA, PIB, BJ.) Contudo, eles não seguem a mesma regra de Sharp na tradução de outros textos que têm a mesma construção, tais como Efésios 5:5; 2 Tessalonicenses 1:12; 1 Timóteo 5:21; 6:13; e  2 Timóteo 4:1. Examine abaixo o texto grego e como quatro versões bíblicas os traduzem. As traduções escolhidas foram ACRF, IBB, NVI, BJ.(Embora haja pequenas diferenças nas palavras e/ou na estrutura das frases nessas traduções, todas apresentam o conceito básico de distinção entre Deus e Cristo.)

Efé. 5:5:         ἐν τῇ βασιλείᾳ τοῦ Χριστοῦ καὶ θεοῦ
Literalmente:  no    reino        do   Cristo     e    Deus
Traduções:    ‘no reino de Cristo e de Deus.’

2 Tes. 1:12:   τὴν χάριν                     τοῦ θεοῦ ἡμῶν καὶ κυρίου Ἰησοῦ Χριστοῦ

Literalmente: a benignidade imerecida do Deus nosso e Senhor Jesus Cristo

Traduções: ‘a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.’

1 Tim. 5:21: ἐνώπιον τοῦ θεοῦ καὶ Χριστοῦ Ἰησοῦ
Literalmente: diante    do  Deus  e   Cristo Jesus
Traduções: ‘diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo.’
1 Tim. 6:13: ἐνώπιον τοῦ θεοῦ τοῦ ζῳογονοῦντος τὰ πάντα καὶ
Χριστοῦ Ἰησοῦ
Literalmente: À vista do Deus, que preserva vivas todas as coisas, e
Cristo Jesus
Traduções: ‘diante de Deus, que todas as coisas vivifica, e de Cristo Jesus.’

Por que nesses textos os tradutores da cristandade não seguem a injunção proposta por Sharp? Se realmente acreditassem na legitimidade da alegada regra, a bem da coerência, deveriam traduzir uniformemente os textos que se enquadram nas proposições da referida regra. Nesse respeito, os trinitaristas parecem reconhecer a distinção que a Bíblia faz, não apenas entre o Pai e o Filho, mas também entre Deus e Cristo. Ou seja, a expressiva maioria de vezes em que a Bíblia usa o termo “Deus” ela o faz para com o Pai. Ele é Deus num sentido seleto, distinto, como o Todo-poderoso, o único Ser que não teve princípio. (Gên. 17:1; Rev. 21:22; Sal. 90:2) Nas poucas passagens em que Jesus é chamado de “Deus” isso é feito num sentido restrito. – Isa. 9:6; João 1:1, 18.[6]

Exame da sexta regra

Como foi adrede mencionado neste artigo, a última regra de Sharp afirma que dois nomes não precedidos por artigo (anartros) e ligados por kaí indicam pessoas, coisas ou qualidades diferentes, do mesmo modo como dois nomes ligados por kaí precedidos por artigo (articulados) igualmente indicam pessoas, coisas ou qualidades diferentes.

Essa regra aplica um golpe mortal à interpretação trinitarista de João 20:28 da expressão de Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!” No texto grego essa expressão se encontra literalmente assim:

 κύριός μου     καὶ  θεός μου.
O Senhor de mim e     o Deus de mim!”

Observe que os dois nomes – kýrios (“Senhor”) e theós (“Deus”) possuem artigo e são ligados por kaí (“e”). Segundo tal regra, tais nomes referem-se a pessoas diferentes. Assim, o “meu Senhor” não seria o mesmo Ser que o “meu Deus”. Uma vez que Jesus foi referido por seus discípulos como “Senhor”, ao passo que ele mesmo indicou que seu Pai era tanto seu Deus como Deus de seus discípulos, ficaria absolutamente clara a conclusão de que Tomé, pela expressão “meu Senhor”, estava se reportando ao Senhor Jesus, ao passo que, pela expressão “meu Deus”, ele fazia alusão ao Deus e Pai de Jesus, o Soberano Senhor Jeová. – Mat. 8:21, 25; 14:28, 30; 16:22; Mar. 11:3; Luc. 5:8; João 6:68; 11:2; 13:13; 20:17.

Nota-se assim que, embora os defensores da Trindade façam menção de Sharp com alarde quando a proposição dele parece servir aos seus fins, os mesmos o desconsideram quando o mesmo conjunto de regras não se enquadra – e até se opõe – à doutrina que defendem.

No entanto, que a validade da sexta regra de Sharp é insustentável pode ser visto pelo texto de Revelação 2:26, que declara literalmente:

καὶ  νικῶν         καὶ  τηρῶν                   ἄχρι τέλους τὰ ἔργα μου,

kaì ho nikõn           kaì ho terõn                       ákhri télous tà érga  mou,

àquele que vencer e  àquele que observar até    o fim    as obras minhas

δώσω αὐτῷ ἐξουσίαν ἐπὶ  τῶν ἐθνῶν.

dóso   autõi  exousían   epì   tõn ethnõn.

darei a ele autoridade sobre as  nações.

Observe que os particípios substantivados nikõn terõn são ligados por kaí (“e”); que, por serem particípios substantivados, possuem artigo; e que estão no mesmo caso. A sexta regra determina que quem vencer e quem observar as obras de Cristo são pessoas distintas, o que seria um absurdo. Primeiro, por uma questão de lógica. Quem vence o faz porque observa as obras de Cristo até o fim, e quem as observa até o fim torna-se vencedor. Segundo, pelas próprias palavras subsequentes de Cristo no texto em questão, que mostram que tanto o vencedor como o observador são um só, quando disse: “Darei a ele (não diz ‘a eles’) autoridade sobre as nações.”

Observe, também, a contradição entre a primeira e a sexta regra, tomando por base o texto de Revelação 20:6. Este mostra a clara distinção entre Deus e Jesus Cristo:

ἔσονται ἱερεῖς τοῦ θεοῦ καὶ τοῦ Χριστοῦ

serão sacerdotes do  Deus  e   do Cristo

Portanto, de acordo com a sexta regra de Sharp, “Deus” e “Cristo” nesse texto são seres distintos. No entanto, conforme a primeira regra de Sharp, os mesmos “Deus” e “Cristo” são o mesmo Ser em Efésios 5:5, 2 Tessalonicenses 1:12, 1 Timóteo 5:21 e 6:13! Tudo isso mostra claramente a falta de legitimidade de ambas as regras de Sharp. Também mostra a fragilidade da sustentação da doutrina trinitária, que se encontra ancorada em regras gramaticais inválidas e contraditórias, além do que expõe a honestidade de alguns trinitaristas, que oscilam de uma regra para outra de Sharp conforme cada uma delas parece convenientemente endossar sua teoria antibíblica.

As alegadas “regras” de Sharp, embora pareçam coincidir em alguns textos, são invalidadas por outros, mostrando ser, na realidade, um artificio inverossímil. Por outro lado, a elipse da repetição do artigo entre dois seres (pessoais ou impessoais), sendo distintos pelo contexto bíblico, tem respaldo gramatical e semântico.

Apelo à fraseologia contextual

Malogrados todos os esforços de estabelecer a doutrina trinitária em base gramatical inverossímil, os trinitaristas recorrem ao contexto de Tito 2:13, tentando com isso provar que as expressões “o Grande Deus” e  “Salvador” se referem ambas à pessoa de Cristo. Apontam para isso o versículo 14, que reza: “Que se entregou por nós, a fim de nos livrar de toda sorte de coisa que é contra a lei e purificar para si mesmo um povo peculiarmente seu, zeloso de obras excelentes.” Como é evidente que esse versículo se aplica a Cristo, os trinitaristas pretendem, com isso, inferir que ambas as expressões do versículo anterior também se referem à pessoa de Cristo.

Contudo, esse não é um raciocínio válido. Não é incomum um escritor bíblico falar de duas pessoas distintas, e depois prosseguir falando de uma delas. Podemos comprovar isso lendo Gálatas 1:3, 4: “Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo, (4) O qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus nosso Pai.” (ACRF) Como vimos, o versículo 3 faz menção de duas pessoas distintas – o Pai e o Filho –, ao passo que o versículo 4 prossegue falando de uma delas: o Filho, mencionando que as ações deste último estão subordinadas à “vontade de Deus nosso Pai”.

Outra proposição apresentada é a de que o termo “epifania” (grego ἐπιφάνεια) nunca é usadopara o Pai em lugar algum do “Novo Testamento”. No entanto, um exame acurado do texto de Tito 2:13 expõe que essa passagem fala literalmente da “manifestação [epifania] da glória”(ἐπιφάνειαν τῆς δόξης; epifáneian tês dóxes). Outro fator a ser considerado é o de que a epifania está relacionada à parousia (presença) de Cristo e à sua ‘vinda’, sendo mencionada dentro desse contexto escatológico. Lemos, assim, sobre a “manifestação de sua presença” (τῇ ἐπιφανείᾳ τῆς παρουσίας αὐτοῦ; têi epifaneíai tês parousías autoû). (2 Tes. 2:8) A “presença” de Cristo é um período cujo clímax é sua ‘vinda’ como Executor dos maus e Salvador dos fiéis.[7] (Mat. 24:3, 30, 31) Englobando tudo isso, podemos inferir que a parousiade Cristo será manifestada por sua ‘vinda’ gloriosa – daí a expressão “manifestação [epifania] da glória”.

E a Bíblia indica que ocorrerá uma vinda conjunta de Cristo com o seu Pai, Jeová. Lucas 9:26 fala de Jesus “chegar na sua glória e na de seu Pai e dos santos anjos”. A menção dos “santos anjos” indica que estes acompanharão Cristo em sua ‘chegada’, ou vinda, como outros textos mostram. (Mat. 24:30, 31; 25:31; 2 Tes. 1:7, 8; Rev. 19:11-16) Correspondentemente, a menção do “Pai” mostra que haverá uma vinda conjunta de Deus e Cristo. Comprovando adicionalmente isso, lemos em Revelação 6:16, 17: “E estão dizendo aos montes e às rochas: ‘Caí sobre nós e escondei-nos do rosto Daquele que está sentado no trono e do furor do Cordeiro, porque veio o grande dia do seu furor, e quem é que pode ficar de pé?’” Desse modo, ocorrerá a “manifestação da glória” do “grande Deus”, Jeová, e do “Salvador de nós”, o Senhor Jesus Cristo.[8]

Conclusões legítimas à base do contexto

A expressão “do grande Deus” (τοῦ μεγάλου θεοῦ; toû me··lou The·), usada nas Escrituras Gregas Cristãs somente em Tito 2:13, só pode aplicar-se ao Pai, Jeová Deus. Somente ele é chamado em outras partes da Bíblia de “grande Deus”. – Esd. 5:8; Sal. 77:13; 95:3; hebr.: ’El ga·dhóhlNM n.; veja também Deuteronômio 10:17; Salmo 96:4.

O parágrafo dois deste artigo mostrou que, mesmo que a expressão ‘o grande Deus’ fosse aplicada a Jesus, isso não o colocaria em igualdade com Jeová, e nem faria com que ele e Jeová fossem o mesmo Ser. De fato, a expressão “Deus poderoso” (“Deus forte”, Al) é aplicada tanto a Jesus com a Jeová. (Isa. 9:6; 10:21) Mas isso não faz com que ambos compartilhem a mesma identidade. Pois, somente Jeová possui a distinção de ser chamado “o Deus Todo-poderoso”, expressão que realmente determina superioridade absoluta. (Gên. 17:1) Além disso, somente Jeová é “o Altíssimo” em sentido absoluto, como Deus, ao passo que Jesus é referido como “Filho do Altíssimo”. – Sal. 83:18; Gên. 14:22; Heb. 7:1; Luc. 6:35; Mat. 5:45; Luc. 1:32.

Assim, o peso da evidência contextual indica claramente que o “grande Deus” mencionado em Tito 2:13 é o Soberano Senhor Jeová, “o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. (Rom. 15:6; 2 Cor. 1:3; 11:31; Efé. 1:3; 1 Ped. 1:3) Neste ponto, as traduções que fazem essa distinção transmitem o que o texto grego realmente quer dizer. Entre tais traduções figura a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.

Lista das traduções citadas:

ABV: A Bíblia Viva.

ACRF: Almeida Corrigida e Revista Fiel.

Al: Almeida Corrigida.

ALA: Almeida Revista e Atualizada.

BJ: Bíblia de Jerusalém.

CNBB: Bíblia do Conselho Nacional de Bispos do Brasil.

IBB: Almeida da Imprensa Bíblica Brasileira.

KJ: Versão Rei Jaime (em inglês).

NAB: The New American Bible (1970), Catholic Biblical Association of America.

NTLH: Nova Tradução na Linguagem de Hoje.

NVI: Nova Versão Internacional.

PIB: Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Edições Paulinas.

RSV: Versão Padrão Revisada (em inglês).

Entendo que a chamada “regra de Sharp” é um embuste teologicamente motivado disfarçado de gramática. Um exemplo de regras dentro da gramática, por exemplo na língua portuguesa é o emprego de letras maiúsculas em nomes próprios. Jamais verá um nome próprio escrito com minúsculas. Isso é uma regra. Ou ainda, um artigo concorda com o substantivo que ele define em gênero e número. Se isso mudasse não seria mais uma “regra”.

sf.

1. Norma, lei, costume que dirige, orienta e regula procedimentos (regra gramatical; regras de etiqueta).

 

Como poderia Jesus ser “um deus” criado por Jeová, se em Isaías 43:10 Jeová diz: “Antes de mim não foi formado nenhum Deus e depois de mim continuou a não haver nenhum”?

34 comentários em “Jesus Cristo é o “grande Deus” mencionado em Tito 2:13?

  1. Concordamos contigo, estou certo disso. Contudo, a mentira usa de argumentos gramaticais e verbosidade com aparência de erudição a fim de enganar. Aqui ela termina! Certos supostos conhecedores (teólogos e clérigos) dizem que se “ler a Bíblia em grego nao terá a interpretação defendida pelas Testemunhas de Jeová. Como podemos ver, tudo isso não passa de enganação. Obrigado pelo seu comentário!

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  2. Pessoal, acabo de postar um video no youtube…

    As Tj’s veteranas vão gostar do video:

    “A Sociedade do Novo Mundo em Ação”

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  3. Aqui vai o video do Slide exibido em 1995 em todas as congregações:

    “O Ensino Divino triunfa no Mundo Todo”

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  4. Reforçando a minha pergunta, feita em outras ocasiões:
    Se Jesus não é Deus; então o que é? Anjo? arcanjo? serafim? querubim?
    Se filho de peixe, peixinho é; filho de leão é leãozinho; Filho de Deus é o quê?

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  5. Você mesmo responde a sua pergunta. Assim não vale. Peixinho, leãozinho e por aí vai. Todos êles tendo uma posição subordinada. E o que torna isto mais incrível é a sujeição natural de dependencia.
    Tem outra aí?

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  6. Rajader

    Irmão de peixe é peixe. Irmão de leão é leão. Irmão de Jesus (Deus segundo trinitarianos) é?

    Deuses também? Óbvio que não. Me desculpe, mas este é simplesmente o argumento mais ignorante que alguém possa dar em favor da trindade. E tem pastor que usa isto.

    Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os FILHOS de Deus jubilavam? – Jó 38:7

    E num dia em que os FILHOS de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. Jó 1:6

    (Prova-se aqui que existem vários seres com a mesma “substância” que Deus, e entre eles Satanás)

    E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli, …
    E Cainã de Enos, e Enos de Sete, e Sete de Adão, e Adão [FILHO, grifo meu] de Deus.
    Lucas 3:23,38

    Veja só, nesta lógica, concluímos que Adão é DEUS!

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  7. Jeosadá

    Parece que não está permitindo assistir dentro desta página. Não está habilitado o embed.

    PS: Parece a voz do tiozinho do globo reporter.

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  8. Marcelo, eu respondi de modo similar a você sobre este argumento do Rajader. Isto mostra a ele que falamos a língua pura da verdade.

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  9. Vou corrigir!

    O Slide tem cerca de 160 fotos e dura aproximadamemte 45 minutos… Eu ainda to preparando o material completo… Da trabalho mas vai ficar legal. Eu tenho o projetor e as fotos com a maleta e tudo… E uma reliquia!

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  10. O ponto aí é o joguinho de significados, quando você vê um falando “Jesus é Deus”, O QUE ELE QUER DIZER ?

    Quer dizer que o Ser Todo Poderoso do Universo, eterno, onipotente, onisciente e onipresente chamado de Deus pela maioria de pessoas, de Jeová por nós (TJs) e de Alá pelos árabes é na verdade Jesus Cristo, sim este é o mesmo Deus, o Deus de Abraão, o Deus do Monoteísmo, o Deus Judaico-Cristão. Jesus e Deus são o mesmo, Jesus é a pessoa deste Deus encarnada como homem, este Deus denominado Jeová e Jesus são o mesmo Deus único. (Eles tem a mesma identidade)

    Pense na pergunta QUEM é Deus? Eles respondem…. Jesus.
    Ou a outra pergunta, QUEM é Jesus? Eles respondem…..Deus.
    (Se estará falando sobre identidade)

    Mas nesse caso sobre “filho de Deus, é Deus”, tem uma sutil mudança, neste caso a frase em si, não fala da pessoa de Deus, não de sua identidade ou de QUEM ele é, não! Aqui se está falando de Deus como QUALIDADE, como natureza divina, algo abstrato.

    Pensemos em Adão, em hebraico este nome quer dizer “homem” (Lembrem disso adão = homem e homem = adão). Agora pensemos em Abel, seu filho, era um filho homem certo? Era um ser humano do sexo masculino. O filho de Adão era “adão”, quer dizer era um homem, assim, o pai e o seu filho ambos era homens, tendo essa mesma QUALIDADE e a mesma natureza humana masculina, ambos tinham HUMANIDADE. Agora eu pergunto, será que Abel era Adão? Ele era seu próprio pai? Será que ambos tinham a mesma IDENTIDADE? Obvio que não, todos nós como filho de adão, podemos ser adões ou homens, mas nenhum de nós, é, foi ou será o mesmo Adão, nosso primeiro pai, pois a identidade é algo exclusivo de cada um, o primeiro homem foi Adão e somente Adão e sempre será Adão, não importa quantos filhos ou descendentes venham a nascer em sua genealogia essa verdade nunca será alterada.

    Assim se vê como é frágil a FALÁCIA feita por certos trinitários, tentando supor o absurdo que alguém possa ser filho de si mesmo.

    Conheçam: http://pt.wikipedia.org/wiki/Equ%C3%ADvoco
    A Falácia do Equívoco consiste em usar uma afirmação com significado diferente do que seria apropriado ao contexto, ou seja, é a utilização da MESMA PALAVRA, mas COM UM SENTIDO DIFERENTE.
    Exemplos: “Os assassinos de crianças são desumanos. Portanto, os humanos não matam crianças.”
    Essa frase joga com o significado da palavra humano. Uma coisa é o significado biológico, outra é o significado moral de humano.

    Os trinitaristas são mestres em cometer esta falácia, jogando com o sentido da palavra “Deus” ao seu bel prazer: uma hora se referem a “Deus” como identidade pessoal, já em outra “Deus” é uma impessoal natureza divina, já em outros casos “Deus” é uma referência a união do grupo de três pessoas da Trindade. Assim eles vão trocando o significado do termo “Deus conforme convir ao argumento que está sendo dito. (Isso algo que não acontece com as TJs que sempre distinguem bem o que querem dizer, quando estão falando da pessoa de Jeová Deus – O Soberano Universal, quando estão falando da posição divina de alguém sendo como “deus”, quando estão falando de outros a quem a Bíblia chama de “deuses” ou quando estão falando de qualidades ou naturezas divinas.)

    Os trinitários fazem confusão com esta palavra (El, Elohim, Theos, etc) causando uma mistureba danada em suas teologias confusas, já as TJs conseguem aplica-la corretamente em suas diferentes nuances de significação.

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  11. Pois é GIBE, acabei vendo depois que ele havia comentado este “argumento”, se é que pode-se chamar assim em outros posts.

    Um pastor batista me falou isto e depois disto ele disse “há! agora matei!”

    Mostra isto quem realmente estuda a palavra de Deus, e fala a lingua pura.

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  12. Sabe Saga, se eu fosse um evangélico, que defende esta doutrina da trindade e percebesse que meus “irmãos de fé” optassem por explicações de camaleão todo tempo, ou seja, mudasse doutrina e definições para sua conveniência. Ou ainda se eu percebesse que cada pessoa na Igreja tivesse um conceito diferente sobre o que é o numero 666 ou ainda sobre quem é Miguel o Arcanjo, se eu percebesse que a maioria fosse analfabeto bíblico, ou ainda que um pregasse uma doutrina diferente de outro, sendo um pastor e o outro diácono, eu teria vergonha de ser evangélico. Quando o povo de Jeová vai de casa em casa, conversa com 10 pessoas da mesma igreja, nós ficamos CONVICTOS de que estamos na adoração verdadeira. Sabe por que? Não somente por nossa convicção pessoal baseada e “conhecimento exato” (Fil 1:9 Col 1:9 ), mas por perceber a confusão que membro da mesma religião toleram em seu meio. É uma vergonha deslavada desse povo chamado evangélico. Cada um entende como quer passagens bíblicas.

    Paulo sob inspiração divina escreveu em 1 coríntios 1:10:

    “Exorto-vos agora, irmãos, por intermédio do nome+ de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos faleis de acordo, e que não haja entre vós divisões, mas que estejais aptamente unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar. 11 Pois, foi-me exposto a respeito de vós, meus irmãos, pelos [da casa] de Cloe, que existem dissensões entre vós”.

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  13. Este raciocínio leva a pensar que Deus é incapaz de produzir algo que não seja de sua mesma natureza.

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  14. BÍBLIA JUDAICA COMPLETA ( BJC ) DAVID H. STERN

    Tito 1:13 ” Enquanto continuamos a esperar pelo bendito cumprimento de nossa esperança infalível, o aparecimento da sh’khinah de nosso grande Deus e a aparição de nosso libertador, yeshua, o messias.”

    Essa é mais uma tradução que apoia e reforça o nosso entendimento bíblico. Porém gostaria de chamar a atenção para uma outra passagem:

    1 Co 1:3 ” Graça e shalom a vocês, da parte de Deus, nosso pai, e do senhor Yeshua, o messias. ”

    Até hoje eu não vi nenhuma tradução que discordasse dessa passagem ou traduzisse de uma maneira diferente confirmando a exatidão da tradução da passagem acima de Tito 1:13.

    Portanto qualquer pessoa sincera poderá verificar em suas bíblias essas passagens e perceber se estão em harmonia ou não.

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  15. Muito bem! Então nas minhas orações a Jesus, falarei da seguinte forma: “Senhor Jesus, o ser da mesma substância de Deus, venho a Ti neste momento para fazer esta oração …………

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  16. ….e, por favor, continuo com esta questão: alguém me responda, então, o que é Jesus?

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  17. Não acho correto usar o pronome relativo “o que” ao se referir a Jesus, visto que ele é alguém e não algo. Quanto a sua pergunta, a Bíblia Sagrada responde diretamente a esta pergunta. Quando indagado sobre quem é Jesus, Pedro um dos doze Apóstolos respondeu:

    “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivente”.Mateus 16:16

    Jesus o elogiou por tal resposta. É digno de nota que Cristo significa “ungido” ou “escolhido” e Deus não é escolhido por ninguém, nem ungido por ninguém para fazer algo. Ele é quem dá a unção. É evidente que os pastores, e não são poucos com quem conversamos de casa em casa, estão desencaminhando as pessoas ao responderem que Jesus é Deus. Não foi isso que Pedro disse sob influência do espírito de Deus. João Batista concordava com as palavras de Pedro, pois ele afirmou enfaticamente no Evangelho de João 1:34:

    “E eu [o] ví e dei testemunho de que este é o filho de Deus”.

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  18. “Rajader disse: 25 de novembro de 2013 às 9:28

    Muito bem! Então nas minhas orações a Jesus, falarei da seguinte forma: “Senhor Jesus, o ser da mesma substância de Deus, venho a Ti neste momento para fazer esta oração… ”

    Não entendi Rajader, por que tu faria isto?

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  19. Jesus é uma criatura (isto mesmo, criado por Deus) – Apocalipse 3:14; Col 1:15; Heb 2:11; Pro 8:22

    Por estar mais tempo que qualquer um com Jeová, ele é o melhor representante de Deus – Jo 7:29

    Ele é um SERVO de Jeová: At 4:24,27

    O único por por meio de quem Jeová realiza a salvação, e por isto, nosso salvador – At 4:12; Heb 5:7-10; Judas 25;

    Atuará como Juíz em nome de Jeová – At 17:31

    Foi escolhido para ser rei: Daniel 7:13,14

    O nome que está acima de todos os outros nomes, exceto, claro, acima do nome de quem o criou e lhe sujeitou todas as coisas. 1 Cor 15:27

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  20. Muito bem! Então, gostaria de alguns esclarecimentos sobre algumas coincidências entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento, a primeira delas:
    “Não fui eu, Jeová, além de quem não há outro Deus; Deus justo e Salvador…” Isaías 45.21
    ” seja sabido de todos vós e de todo o povo de Israel, que é no nome de Jesus Cristo, o nazareno,+ a quem pregastes numa estaca…. Outrossim, não há salvação em nenhum outro, pois não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual tenhamos de ser salvos.” Atos 4. 10-12

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  21. Rajader,

    Procure dialogar. Responda as perguntas que lhe fazem. Não é legal ficar abrindo novos temas sem resolver sequer um. Lembre-se que nós não desejamos o mal para ti. Antes, que venha a ter um conhecimento exato sobre Deus e seu filho. Prepare bem suas pesquisas e procure ler com atenção o que os outros dizem, principalmente textos bíblicos inspirados por Deus. Esta página não é um lugar para discussões longas que não leval a lugar algum. Sejamos objetivos e respondamos aos outros sempre que nos indagarem algo, fazedo-o “com profundo respeito” 1 Pedro 3:15. Em vista destas orientações, os que não se adaptarem poderão ter seus comments NÃO POSTADOS. Ora, até mesmo eu deleto comentários feitos por mim mesmo a fim de não ofender e as vezes percebo que não devo postar algo quando estou estressado. Ou ainda, as vezes edito muitas vezes um comentário que eu mesmo fiz, a fim de ser útil e não algo sem base bíblica. Todos são bem vindos nesta página e são convidados a melhorar o nível dela. Fazendo boas pesquisas e confirmando que aquilo que diz é realmente fiável e em harmonia com a verdade.

    Quanto a sua pergunta, já foi respondida aqui:

    Como poderia Jesus ser “um deus” criado por Jeová, se em Isaías 43:10 Jeová diz: “Antes de mim não foi formado nenhum Deus e depois de mim continuou a não haver nenhum”?

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  22. Radajer,

    A alguns dias eu postei um comentário em resposta a uma indagação SUA. Que já responde sua colocação acima, onde afirmas com base em Atos 4:10-12, que “não há salvação em nenhum outro”. Eu te respondi o seguinte:

    “Lucas 2:29 diz:

    “Agora, Soberano Senhor,* deixas o teu escravo ir livre em paz, segundo a tua declaração; porque os meus olhos viram o teu meio de salvar, 31 que aprontaste à vista de todos os povos,…”

    Jesus é o “meio de salvar”(em grego σωτήριον vertido não de modo EXATO na Almeida ). Contudo, seu Deus e Pai (Efésis 1:17) é quem é o Salvador principal, e Aquele que providenciou o meio de salvar, Jesus.

    Assim como a Igreja Católica erra em colocar Maria na posição de intermediária entre nós e Deus, a Igreja Evangélica erra em colocar Jesus na posição de Ser Supremo. Um erro pior! O livro de Judas antes de Revelação nos fala no versículo 25:

    ” ao único Deus, nosso Salvador,*+ por intermédio de Jesus Cristo…” Neste texto o Salvador e Aquele que amou tanto o mundo é Deus. Ele propiciou esta salvação “por intermédio de Cristo Jesus”. Ou seja, Jesus é o agente intermediário.

    A Bíblia chama vários homens no antigo Israel pelo título de “salvador”. Juízes 3:9 diz que “Jeová sucitou um salvador para os filhos de Israel…Otniel filho de Quenaz”. Bem como muitos outros são assim chamados. Uma avaliação do texto de Judas 25 mostra que Cristo é aquele “por intermédio” de quem recebemos a salvação. Em grego se diz “diá” ou “por intermedio”. Isto quer dizer que Jesus é o agente intermediário que Jeová Deus usou afim de salvar a humanidade. Todavia, Jeová é quem providenciou este meio. “Deus amou tanto o mundo que deu o seu filho” diz João 3:16. Você Rajader, não pode simplesmente ignorar textos bíblicos e aceitar outros que se adapte àquilo que crê. Você também está ignorando dialogar conosco sobre isto. Não é legal ficar criando em cada post um tema diferente. Isto é uma forma de desonestidade! Procure considerar apenas um assunto por vez. E responda as perguntas dos que se dirigem a ti. Não pense que aqui do outro lado são robôs. Todos nós devemos ter educação e respeito com os outros.

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  23. Rajader

    Continue lendo o capítulo 4 de Atos, que tu vai perceber que quem disse esta frase que tu citou não tinha o mesmo conceito trinitarista que tu tem, pois na sequência eles fazem uma oração PARA JEOVÁ e CITAM JESUS como SERVO, como mencionado no meu post acima.

    Leia por favor com atenção o seguinte link: http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1101989276

    Este link explica “Textos em que um título que pertence a Jeová é aplicado a Jesus Cristo ou que se afirma que é aplicado a Jesus”, bem como o problema de tirar conclusões precipitadas quanto a estes títulos.

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  24. Caro Queruvim, seu site existe para defender a TNM? Então vários assuntos viram discussões polêmicas, não é mesmo? Eu pergunto, não ofendo. Se você me deletar deste forum, eu não posso fazer nada, pois vc é dono dele. Não sou erudito em teologia, nem conheço hebraico, aramaico ou grego. Sou simplesmente uma pessoa que ama Jesus e, fico um pouco preocupado quando algumas O deixam em segundo plano.
    Caro Marcelo, fiquei pasmado com seguinte: há alguns dias pesquisei algumas traduções da Bíblia, em vários idiomas e versões, para saber a respeito do nome de Jeová. O nome Jeová aparece várias vezes no Antigo Testamento,mas não aparece nenhuma vez no Novo Testamento. Esse fenômemo acontece também na Bíblia em português, versão Ferreira de Almeida. Não é algo com que se preocupar?

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  25. Acha que são as Testemunhas de Jeová que “deixam Jesus em segundo plano”?

    Quem são hoje os que se apresentam em “nome de Jesus” assim como Cristo disse que viriam os que “desencaminhariam a muitos”? Mateus 7:21-23 por acaso são as Testemunhas de Jeová que estão agindo como :

    VIOLADORES DA LEI DO SILÊNCIO (ESSA MOÇA NÃO CONSEGUE ESTUDAR, USAR TELEFONE NEM OUVIR MÚSICA, NEM NADA! )

    MAÇONARIA

    ENVOLVIMENTO NA POLÍTICA PARTIDÁRIA em contraste com a clara orientação de Jesus (João 6:15 e 17:16)

    Teologia da prosperidade e sua robalheira ????????????

    Ao estudarmos história veremos claramente a confirmação de que a Igreja Evangélica com raras exceções, apoiaram a Hitler na sua politica genocida. Que a posição das igrejas era verdadeiramente hipócrita foi reconhecido pelo falecido clérigo protestante, Harry Emerson Fosdick. Admitiu:

    “Nossa história ocidental tem sido a de uma guerra após outra. Temos gerado homens de guerra, treinado os homens para a guerra; temos glorificado a guerra; temos feito dos guerreiros os nossos heróis e até mesmo em nossas igrejas colocamos as bandeiras da batalha . . . Com um canto da boca temos louvado o Príncipe da Paz, e com o outro temos glorificado a guerra.”

    Poderá ver Rajader que aquilo que você defende aqui não funciona de jeito algum na prática. Evangélicos em sua vasta maioria apenas professam seguir a Cristo. Alguns acusam as Testemunhas de Jeová de colocar Jesus em segundo lugar, outros dizem de modo equivocado que as TJ “negam a divindade de Cristo“, outros ainda afirmam que “as TJ não acreditam em Cristo”…e uma série de outras acusações falsas. Publiquei um artigo sobre os frutos produzidos por estes chamados “cristãos” que vivem divulgando mentiras em imitação de Satanás o Diabo (Rev 12:10). neste link.

    O livro History of Christianity, de Paul Johnson, diz:

    “Dentre 17.000 pastores evangélicos, nunca houve mais de cinqüenta que cumprissem longos termos de prisão [por não apoiarem o regime nazista] em qualquer época.”

    Contrastando tais pastores com as Testemunhas de Jeová, Johnson escreveu:

    “Os mais valentes eram as Testemunhas de Jeová, que proclamavam a sua inequívoca oposição doutrinal desde o início e sofreram em conseqüência disso. Recusaram qualquer cooperação com o Estado nazista.”

    Ao perceber que você não responde as perguntas feitas a ti, além disso, sempre abre um novo tema apenas com o intuito de “discutir”. Estou certo de que não é legal que continue postando oposição.(Lamento de coração e com sinceridade por isso 😦 ) Observem, prezados leitores, que o Rajader, se esquiva de aceitar a palavra de Deus, a fim de promover suas crenças contrárias a Bíblia Sagrada, ao passo que procura pesquisar a fim de atacar as Testemunhas de Jeová.Pesquisa não para harmonizar seus pensamentos com a Bíblia inteira, mas sim na tentativa de harmonizar a Bíblia com os seus pensamentos e doutrinas tradicionais ao invalidar a palavra de Deus! Este tipo de estudo tendencioso e superficial não é bem vindo aqui. Você não leu meus posts anteriores onde pedi para evitar pular de temas e procurar o diálogo? Suas palavras Rajader, não ficam agora somente num monólogo onde só você pergunta e somente você dirige a conversa, que ainda tem que vir fazer desta página um mural ANTI Testemunha de Jeová?

    Evidências de que o Nome de Deus (IHVH) aparecia nos originais do Novo Testamento

    O Nome de Deus no Novo Testamento em várias traduções da palavra de Deus!

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  26. Se com as palavras “deixam Jesus em segundo plano” ele queira dizer que achamos que Jeová é o mais importante ser que existe, e Jesus é o segundo, ele está certíssimo. Fazemos isto. E também fazem as escrituras, como provado diversas vezes acima. E também faz o próprio Jesus.

    E mesmo que ele estivesse certo quanto a declaração de que as TJ inserem o nome divino no “NT” (250 e poucas vezes), será que não seria mais preocupante tirar o nome do “AT” quase 7.000 vezes?

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  27. Ainda mais sobre a acusação, em relação ao nome divino:

    Mateus 7: 3-5

    Então, por que olhas para o argueiro no olho do teu irmão, mas não tomas em consideração a trave no teu próprio olho?+ 4 Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Permite-me tirar o argueiro do teu olho’, quando, eis que há uma trave no teu próprio olho?+ 5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e depois verás claramente como tirar o argueiro do olho do teu irmão.

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  28. O nome Jeová deve aparecer no Novo Testamento?

    FAZ diferença se o nome de Deus aparece na Bíblia? Para Deus, com certeza faz. O nome dele, representado pelas quatro letras hebraicas conhecidas como Tetragrama, aparece quase 7 mil vezes no texto original hebraico no que é, em geral, chamado de Velho Testamento.*
    Os eruditos bíblicos reconhecem que o nome pessoal de Deus aparece no Velho Testamento, ou Escrituras Hebraicas. No entanto, muitos acham que ele não aparecia nos manuscritos gregos originais do chamado Novo Testamento.
    Então, o que acontece quando um escritor do Novo Testamento cita trechos do Velho Testamento onde o Tetragrama aparece? Nesses casos, a maioria dos tradutores usa a palavra “Senhor” em vez de o nome pessoal de Deus. A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas não adota essa prática. Ela usa o nome Jeová 237 vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, ou Novo Testamento.
    Que problemas os tradutores da Bíblia enfrentam ao decidir se devem incluir o nome de Deus no Novo Testamento? Que base há para usá-lo nessa parte das Escrituras Sagradas? E como o uso do nome de Deus na Bíblia afeta você?
    Um problema para os tradutores
    Os manuscritos do Novo Testamento que temos hoje não são os originais. Os originais escritos por Mateus, João, Paulo e outros foram muito usados e, sem dúvida, se gastaram rapidamente. Por isso, fizeram-se cópias desses manuscritos, e quando essas se gastaram, foram feitas mais cópias. Dos milhares de cópias do Novo Testamento que existem hoje, a maioria foi feita pelo menos dois séculos depois que os originais foram escritos. Parece que naquela época os que copiavam os manuscritos trocavam o Tetragrama por Kúrios, ou Kýrios, a palavra grega para “Senhor”, ou copiavam de manuscritos onde essa troca já havia sido feita.*
    Com isso em mente, é preciso que o tradutor determine se há evidências suficientes de que o Tetragrama aparecia mesmo nos manuscritos gregos originais. Essas provas existem? Veja os seguintes argumentos:
    ▪ Jesus usava o nome divino quando citava ou lia o Velho Testamento. (Deuteronômio 6:13, 16; 8:3; Salmo 110:1; Isaías 61:1, 2; Mateus 4:4, 7, 10; 22:44; Lucas 4:16-21) Nos dias de Jesus e de seus discípulos, o Tetragrama aparecia em cópias do texto hebraico no que muitas vezes é chamado de Velho Testamento. O mesmo acontece hoje. No entanto, durante séculos os eruditos pensavam que o Tetragrama não aparecia nos manuscritos da tradução Septuaginta grega do Velho Testamento, bem como nos manuscritos do Novo Testamento. Mas, em meados do século 20, algo impressionante foi trazido à atenção dos eruditos: foram descobertos alguns fragmentos bem antigos da Septuaginta grega que existia nos dias de Jesus. Esses fragmentos contêm o nome pessoal de Deus escrito em caracteres hebraicos.
    ▪ Jesus usava e divulgava o nome de Deus. (João 17:6, 11, 12, 26) Jesus disse claramente: “Vim em nome de meu Pai.” Ele também enfatizou que suas obras eram realizadas “em nome de [seu] Pai”. De fato, o próprio nome de Jesus significa “Jeová É Salvação”. — João 5:43; 10:25.
    ▪ Nas Escrituras Gregas, o nome divino aparece na sua forma abreviada. Em Revelação (Apocalipse) 19:1, 3, 4, 6, o nome divino está incluído na expressão “Aleluia”, que significa literalmente “Louvai a Jah!”. Jah é uma forma abreviada do nome Jeová.
    ▪ Antigos escritos judaicos indicam que os cristãos judeus usavam o nome divino em seus escritos. Uma coleção escrita de leis orais terminada por volta de 300 EC, chamada Tosefta, diz o seguinte sobre os escritos cristãos que eram queimados no sábado: “Os livros dos evangelistas e os livros do minim [considerados cristãos judeus] eles não salvam do fogo. Mas são queimados no lugar onde estão, . . . eles e suas referências ao Nome Divino.” A mesma fonte cita o Rabino Yosé, o Galileu, que viveu no início do segundo século EC, como dizendo que em outros dias da semana “devem-se recortar deles [dos escritos cristãos] as referências ao Nome Divino e escondê-las, e queimar o restante”. Assim, há fortes indícios de que os judeus do segundo século EC acreditavam que os cristãos usavam o nome Jeová nos seus escritos.
    Como os tradutores têm lidado com esse assunto?
    Será que a Tradução do Novo Mundo é a única Bíblia que restitui o nome de Deus ao seu devido lugar quando traduz as Escrituras Gregas? Não. Com base nas evidências já citadas, muitos tradutores da Bíblia concluíram que o nome divino deve ser restituído ao seu lugar no Novo Testamento.
    Por exemplo, muitas versões do Novo Testamento em línguas faladas na África, nas Américas, na Ásia e nas ilhas do Pacífico usam o nome divino liberalmente. (Veja a tabela na página 21.) Algumas dessas traduções surgiram em tempos recentes, como por exemplo a Bíblia Rotumana (1999), que usa o nome Jihova 51 vezes em 48 versículos do Novo Testamento, e a versão em bataque-toba (1989), da Indonésia, que usa o nome Jahowa 110 vezes no Novo Testamento. O nome divino aparece também em traduções para o alemão, espanhol e francês. Por exemplo, Pablo Besson traduziu o Novo Testamento para o espanhol no início do século 20. Sua tradução usa o nome Jehová em Judas 14, e nas notas de rodapé de quase 100 outros textos ele sugere que o nome divino também poderia ter sido usado nesses textos.
    Veja abaixo alguns exemplos de traduções em vários idiomas, incluindo o português, que usam o nome de Deus no Novo Testamento:
    Die heilige Schrift des neuen Testaments (alemão), de D. von Brentano (1791)
    The Emphatic Diaglott (inglês), de Benjamin Wilson (1864)
    O Evangelho Segundo S. Mattheus, de Padre Santanna (1909)
    The New Testament Letters (inglês), de J.W.C. Wand, bispo de Londres (1946)
    Les Evangiles (francês), de Claude Tresmontant (1991)
    Bible de Chouraqui, traduzida para o português por Leneide Duarte e Leila Duarte (1996 e 1997)
    Biblia Peshitta en Español (espanhol), editada pelo Instituto Cultural Álef y Tau (2006)
    Recentemente, a edição de 2004 da Bíblia New Living Translation fez o seguinte comentário no prefácio sob o cabeçalho “The Rendering of Divine Names” (A Tradução de Nomes Divinos): “Em geral traduzimos o Tetragrama (YHWH) como ‘o SENHOR’ na forma de versalete, que é comum nas traduções em inglês. Isso serve para diferenciá-lo do nome ′adonai, que vertemos ‘Senhor’.” Com respeito ao Novo Testamento, ela diz: “A palavra grega kurios é traduzida consistentemente ‘Senhor’ (só com a inicial maiúscula), mas é traduzida ‘SENHOR’ (em versalete) onde o texto do Novo Testamento cita de forma explícita o Velho Testamento, e o texto ali está em versalete.” (O grifo é nosso.) Portanto, os tradutores dessa Bíblia reconhecem que o Tetragrama (YHWH) deve ser representado de alguma forma nessas citações no Novo Testamento.
    É interessante notar que sob o cabeçalho “Tetragrammaton in the New Testament” (O Tetragrama no Novo Testamento), o The Anchor Bible Dictionary (Dicionário Bíblico Anchor) faz o seguinte comentário: “Há evidências de que o Tetragrama, o Nome Divino, Yahweh, aparecia no N[ovo] T[estamento] em algumas ou em todas as citações do V[elho] T[estamento] quando os documentos do NT foram originalmente escritos.” E o erudito George Howard diz: “Visto que o Tetragrama ainda era escrito nos exemplares da Bíblia grega [a Septuaginta], que compunha as Escrituras da primitiva igreja, é razoável crer que os escritores do N[ovo] T[estamento], ao citarem a Escritura, preservaram o Tetragrama dentro do texto bíblico.”
    Duas razões convincentes
    Então, fica claro que a Tradução do Novo Mundo não foi a primeira Bíblia a incluir o nome divino no Novo Testamento. Como um juiz que é convocado para julgar um caso quando não há testemunhas oculares vivas, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia analisou com cuidado toda a evidência relevante. Com base nos fatos, a comissão decidiu incluir o nome de Jeová em sua tradução das Escrituras Gregas Cristãs. Veja duas razões convincentes para essa decisão.
    (1) Os tradutores acreditavam que, visto que as Escrituras Gregas Cristãs eram uma adição inspirada às sagradas Escrituras Hebraicas, o desaparecimento repentino do nome de Jeová do texto parecia incoerente.
    Por que essa conclusão é razoável? Em meados do primeiro século EC, o discípulo Tiago disse aos anciãos em Jerusalém: “Simeão tem relatado cabalmente como Deus, pela primeira vez, voltou a sua atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o seu nome.” (Atos 15:14) Será que essa declaração de Tiago faria sentido se nenhuma pessoa no primeiro século conhecesse ou usasse o nome de Deus?
    (2) Quando foram descobertas cópias da Septuaginta que usavam o nome divino em vez de Kýrios (Senhor), ficou evidente para os tradutores que nos dias de Jesus as cópias anteriores das Escrituras em grego — e naturalmente as cópias em hebraico — continham o nome divino.
    A tradição de remover o nome divino dos manuscritos gregos desonra a Deus e, pelo visto, surgiu só mais tarde. O que você acha? Será que Jesus e seus apóstolos apoiariam essa tradição? — Mateus 15:6-9.
    Invoque “o nome de Jeová”
    Na verdade, as próprias Escrituras agem como “testemunha ocular” definitiva, mostrando que os primeiros cristãos de fato usavam o nome de Jeová nos seus escritos, em especial quando citavam trechos do Velho Testamento que contêm esse nome. Sem dúvida, a Tradução do Novo Mundo tem razões sólidas para colocar de volta o nome divino, Jeová, nas Escrituras Gregas Cristãs.
    Como essas informações afetam você? Citando as Escrituras Hebraicas, o apóstolo Paulo lembrou os cristãos em Roma: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” Depois ele perguntou: “Como invocarão aquele em quem não depositaram fé? Por sua vez, como depositarão fé naquele de quem não ouviram falar?” (Romanos 10:13, 14; Joel 2:32) As traduções da Bíblia que, quando apropriado, usam o nome divino ajudam você a se achegar a Deus. (Tiago 4:8) De fato, é um privilégio Deus nos permitir conhecer e invocar seu nome pessoal, Jeová.
    [Nota(s) de rodapé]
    O Tetragrama se refere às quatro letras, YHWH, que representam o nome de Deus em hebraico. Em português, é geralmente traduzido Jeová, Javé, Iahweh ou Iavé.
    Para mais informações sobre essa prática, veja a brochura O Nome Divino Que Durará Para Sempre, publicada pelas Testemunhas de Jeová, páginas 23 a 27.
    [Quadro na página 21]
    LISTA DE 99 IDIOMAS QUE USAM UMA FORMA VERNÁCULA DO TETRAGRAMA NO NOVO TESTAMENTO
    CHIHOWA: Choctaw
    IÁHVE: Português
    IEHOUA: Mer
    IEHOVA: Gilbertês; havaiano; hiri motu; kerewo; kiwai; marquesas; motu; panaieti (misima); rarotongano; taitiano; toaripi
    IEHOVAN: Saibai
    IEOVA: Kuanua; wedau
    IHOVA: Aneityum
    IHVH: Francês
    IOVA: Malekula (kuliviu); malekula (pangkumu); malekula (uripiv)
    JAHOWA: Bataque-toba
    JAHUÈ: Chacobo
    JAKWE: (Ki)sukuma
    JAHVE: Húngaro
    JEHOBA: Kipsigis; mentawai
    JEHOFA: Tsuana
    JEHOVA: Alemão; croata; kélé (Gabão); lele (ilha Manus); nandi; nauruano; nukuoro
    JEHOVÁ: Espanhol
    JEHÔVA: Fang; tsimihety
    JEHOVAH: Calenjin; efique; holandês; inglês; malgaxe; narrinyeri; ojibua
    JEOVA: Kusaie (kosreano)
    JIHOVA: Naga (angami); naga (konyak); naga (lotha); naga (mao); naga (ntenyi); naga (sangtam); rotumano
    JIOUA: Mortlock
    JIOVA: Fijiano
    JIWHEYẸWHE: Gu (alada)
    SIHOVA: Tonganês
    UYEHOVA: Zulu
    YAHOWA: Tai
    YAHVE: Ila
    YAVE: Congo
    YAWE: Bobangi; bolia; dholuo; lingala; mongo (lolo); (lo)ngandu; (lo)ntumba; (ke)sengele
    YEHÓA: Awabakal
    YEHOFA: Soto do Sul
    YEHOVA: Chokwe; chuana (tlapi); (ki)kalanga; logo; luba; lugbara; (chi)luimbi; (chi)lunda (ndembu); (chi)luvale; santo (hog harbor); tiv; umbundo; (isi)xosa
    YEHOVAH: Bube; mohawk; nguna (efate); nguna (tongoa)
    YEHOWA: Ga; laociano; (ki)songe; tchiluba
    YEKOVA: Zande
    YEOBA: Kuba (inkongo)
    YEOHOWA: Coreano
    YHWH: Hebraico
    YOWO: Lomwe
    ZAHOVA: Chin (haka-lai)
    [Quadro/Fotos na página 23]
    UM TRADUTOR QUE RESPEITOU O NOME DE DEUS
    Em novembro de 1857, Hiram Bingham II, um missionário de 26 anos, chegou com sua esposa nas ilhas Gilbert (hoje conhecidas como Kiribati). O navio missionário em que viajaram havia sido patrocinado por pequenas doações feitas por crianças das escolas dominicais dos Estados Unidos. Seus patrocinadores lhe deram o nome de Morning Star (Estrela da Manhã) para refletir a crença deles no vindouro Milênio.
    “Bingham não tinha boa saúde”, diz Barrie Macdonald no seu livro Cinderellas of the Empire (Cinderelas do Império). “Ele sofria de freqüentes distúrbios intestinais, de um problema crônico na garganta que afetava sua habilidade de falar em público, e sua visão era tão fraca que só conseguia ler de duas a três horas por dia.”
    Mas Bingham estava determinado a aprender gilbertês. Isso não foi nada fácil. Ele começou apontando para os objetos e perguntando seus nomes. Quando já tinha uma lista de umas 2 mil palavras, Bingham começou a pagar a um dos seus conversos um dólar para cada cem palavras novas que ele lhe trazia para serem acrescentadas à lista.
    A perseverança de Bingham valeu a pena. Quando teve de deixar as ilhas Gilbert em 1865 por causa de sua saúde debilitante, ele não só havia criado uma forma escrita do gilbertês como também tinha traduzido os livros de Mateus e João para esse idioma. Em 1873, Bingham voltou às ilhas com a tradução completa do Novo Testamento em gilbertês. Ele continuou a traduzir por mais 17 anos e por volta de 1890 terminou a tradução da Bíblia inteira para o gilbertês.
    Até hoje, a tradução de Bingham é usada em Kiribati. Os seus leitores vão notar que ele usou o nome de Jeová (Iehova em gilbertês) milhares de vezes no Velho Testamento e mais de 50 vezes no Novo Testamento. Sem dúvida, Hiram Bingham foi um tradutor que respeitou o nome de Deus.
    [Fotos]
    Hiram Bingham II
    [Crédito]
    Foto de Alfred M. Bingham: “The Tiffany Fortune”
    [Fotos]
    A Bíblia de Bingham em gilbertês
    [Tabela/Fotos nas páginas 18, 19]
    (Para o texto formatado, veja a publicação)
    200
    DEUTERONÔMIO 6:4
    PAPIRO NASH
    Segundo ou primeiro século AEC
    [Foto]
    Antigo texto hebraico em que aparece duas vezes o nome divino
    100
    FRAGMENTO DE DEUTERONÔMIO 18:15, 16
    P. FOUAD INV. 266
    Primeiro século AEC
    [Foto]
    A tradução “Septuaginta” grega com o nome divino em caracteres hebraicos
    [Crédito]
    Société Royale de Papyrologie du Caire

    A.E.C.
    E.C.

    100
    300
    400
    DEUTERONÔMIO 18:15, 16
    CÓDICE ALEXANDRINO
    Quinto século EC
    [Foto]
    O nome divino tirado e substituído por K̇Ċ e KY, formas abreviadas da palavra grega Kýrios (“Senhor”)
    [Crédito]
    Tirado do The Codex Alexandrinus in Reduced Photographic Facsimile, 1909, com permissão da British Library
    500
    1900
    1950
    ATOS 3:22, CITANDO DEUTERONÔMIO 18:15
    TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO
    Século 20 EC
    [Foto]
    A “Tradução do Novo Mundo” restitui o nome divino ao seu devido lugar
    2000
    [Fotos na página 20]
    O nome divino como aparece em Romanos 10:13 em várias traduções
    A Bíblia de Hutter em hebraico, grego, latim e alemão
    Bíblia Rotumana
    Bíblia Bataque-Toba
    Tradução do Novo Mundo

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  29. Rajader, vc se auto deleta quando deixa de fazer um estudo imparcial das Escrituras e passa a usar esta página pra fazer ataques aos verdadeiros cristãos baseados em pesquisas superficiais e tendenciosas.

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  30. O irmão Andrew acabou de postar uma matéria sobre esse mesmo assunto;

    Essa matéria traz o fundo historico de tal regra.

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  31. Elogio o site por permitir apenas os sinceros, os que procuram o pensamento de Deus e não os que desviam o pensamento de Jeová isolando-os para apoiar ensinos mentiras que afastam as pessoas de Deus.

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