ABSURDO- “Testemunhas de Jeová se espancaram e se queimaram” dizem autoridades russas!

Fotos de lesões foram distribuídas aos repórteres no tribunal

 

Autoridades russas dizem que as Testemunhas de Jeová detidas por suas crenças religiosas se espancaram e se queimaram!

Afirmam que as Testemunhas de Jeová não foram torturadas enquanto estavam sob custódia. Advogados e ativistas de direitos humanos disseram que a sugestão foi “risível”. Sete homens disseram que foram espancados e eletrocutados sendo obrigados a “confessarem”. A organização foi banida em 2017 sendo consideradas como um “grupo extremista” pela Suprema Corte da Rússia, e dezenas enfrentam acusações criminais e longas penas de prisão por praticar sua fé. Um cidadão dinamarquês está cumprindo uma sentença de seis anos de prisão – rotulada como uma sentença “mínima” pelo tribunal – depois que ele foi preso por orar e estudar a Bíblia após a proibição.

Na quarta-feira, o comitê investigativo russo na região de Khanty-Mansiysk, na Sibéria, disse que a alegação feita pelos homens, que são Testemunhas de Jeová, era uma “tentativa de influenciar a investigação e visa desacreditar as forças de segurança”, informou a correspondente da BBC Sarah Rainsford.

Em um comunicado, o comitê disse que sua investigação inicial descobriu que “resistência ativa” durante uma busca nas casas dos homens em fevereiro resultou em “pequenos abrasões e contusões”. O comitê alegou que os testes forenses mostraram outros ferimentos, incluindo queimaduras, que “não poderiam ter sido causados sob custódia, mas que foram criados mais tarde”.

Anteriormente, os atestados médicos mostrados à BBC pelas  vítimas demonstraram que suas queimaduras eram “consistentes com o choque elétrico”. Um novo relatório forense encomendado por seus advogados confirmou que as lesões correspondem à data de sua prisão. Ativistas e advogados pedem agora uma investigação completa em nível estadual, depois que autoridades locais em Surgut rejeitaram as alegações. Eles argumentam que autoridades regionais não são confiáveis ​​para investigar seus colegas. “Esperávamos que eles concluíssem que nada aconteceu”, disse o ativista de direitos humanos Lev Ponomaryov. “Agora eles dizem que não houve tortura. Essas marcas supostamente apareceram depois que foram libertados. Então, o quê? As pessoas se torturaram?” “É risível. Está tudo provado.”

Estão pedindo uma investigação criminal completa e que os acusados sejam suspensos até o resultado final. Em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, grupos de direitos humanos distribuíram fotos de alguns dos ferimentos e imagens de vídeo obtidas na busca das casas dos homens. Foram apresentados grandes equipes de busca, incluindo homens armados usando máscaras – tanto a segurança do estado quanto a polícia antimotim. O material fornecido não mostrou sinais de nenhum dos homens resistir.

Praticar a fé não é ilegal, mas a proibição contra a organização como um grupo extremista levou a uma confusão significativa sobre a distinção entre o que é legal e o que não é.

Yaroslav Sivulsky, representante do grupo de testemunhas de Jeová, disse que a repressão só aumentou desde a prisão do dinamarquês Dennis Christensen. Ele disse que as “estatísticas tristes” mostraram cerca de 100 buscas desde fevereiro e 56 novos casos criminais. Um advogado conhecido, Anatoly Pchelintsev, sugeriu que a polícia estava perseguindo alvos fáceis. “As forças de segurança são medidas por resultados. E dão valor especial a casos de terror ou extremismo”, disse ele. “Então, quem mais eles podem pegar? Eles vão atrás das pacificas Testemunhas de Jeová, para criar suas estatísticas e justificar sua própria existência. Porque as forças de segurança da Rússia nunca foram tão grandes.”