Será que Deus se “arrepende” ?


Em Gênesis 6:6 a palavra hebraica traduzida “se arrependeu”  vem do hebraico nahham. Traduções mais antigas (AV, AS, Dy) vertem neste versículo que Deus “se arrependeu” ou “lamentou” em ter feito isso ou aquilo.

Semelhante a muitas outras palavras, “nahham” tem diversos significados. Referente a palavra hebraica Nahham,  The Interpreter’s Bible, Vol. 1, p. 225, declara:

Geralmente traduzido ‘se arrepender’ (na forma passiva) ‘confortar’ (na forma intensiva). Todavia a palavra significa ‘tomar um fôlego de alivio’ . . . a palavra portanto tem a ver com ‘mudança de atitude,’ ‘mudança de mente,’ qualquer outra associação sendo acidental. . . . Quando a palavra é traduzida  ‘arrependimento,’ freqüentemente se referindo a Deus, ela significa ‘mudança de idéia ou intenção.’”

Os pastores evangélicos, padres , bispos e outros que traduziram a palavra Nahham de modo equivocado são uma vergonha. Como dito acima nahham significa literalmente “tomar um fôlego”. Será que quando alguém suspira ou toma um folego, significa que “se arrependeu” de algo? Claro que não! Pode significar “decepção”, “lamento”,”desapontamento”. É assim que Jeová Deus, o Ser Supremo, se sentiu ao ver que os homens decidiram não fazer o que era correto.

Deus, sendo perfeito em justiça, simplesmente não pode cometer um erro ou pecado de modo a se requerer que Ele se arrependa. É por  isso que traduções modernas falam Dele como  sentindo “lamento” (Mo, RS), ou “lamentando” (Ro) ou “deplorando”.—AT, TNM. Nahham contém a idéia de Deus ter tido uma atitude mental mudada devido as ações subseqüentes de suas criações.

A palavra Hebraica NAHAM 05162 na obra Strong’s Concordance, é  listada como significando  “lamentar ou deplorar, consolar alguém, arrepender-se, confortar, ser confortado”. Portanto “deplorar” é uma tradução razoável.

A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas  fez um excelente trabalho ao verter levando em consideração a impossibilidade de Deus “se arrepender” . Muitos críticos ateus e outros mencionam a escolha desta frase , a saber “se arrependeu” conforme encontramos na Tradução João Ferreira de Almeida, como um pretexto para questionar a atuação do Ser Supremo. Por outro lado, as Escrituras Sagradas afirmam sobre Deus em Deuteronômio 32:4 que “perfeita é a sua atuação.”

Em Números 23:19 lemos que Deus “não é homem terreno para ter lástima”. O próprio Deus Todo Poderoso Jeová , diz a este respeito, algo que nos revela o que Ele pensa sobre sua atuação. Por meio do Profeta Ezequiel,  Ele diz que após sucessivas tentativas de fazer seu povo pactuado voltar a praticar o bem, e apesar disso eles mesmos se revoltarem e praticarem o mal, então Deus disse:

Eu, Jeová, é que falei. Isso tem de vir, e eu vou agir,não negligenciarei,nem terei dó,nem sentirei lástima.Hão de julgar-te segundo os teus caminhos e segundo as tuas ações, é a pronunciação do Soberano Senhor Jeová.” (Ezequiel 24:14)

Uma das quatro qualidades principais de Jeová é a sabedoria. Daniel o Profeta escreveu que  Jeová Deus  “dá sabedoria ao sábio”, portanto, como poderia Deus ser a fonte de sabedoria e ao mesmo tempo se “arrepender” como se tivesse cometido um erro ? Como vimos “perfeita é a sua atuação.” (Daniel 2:21; Deut. 32:4 )

Fica claro, portanto que a Tradução do Novo Mundo foi cuidadosa  e respeitosa na escolha das palavras específicas ao verter dos idiomas originais da bíblia. Deus JAMAIS SE ARREPENDE. Os que zombam dele e os que vertem a Bíblia do hebraico e grego de modo irresponsável (i,e o Clero)  são os que provavelmente se arrependerão.

23 comentários em “Será que Deus se “arrepende” ?

  1. excelente ponto de vista a respeito desta passagem polêmica em algumas traduções, como você disse traduções equivocadas como esta podem fazer com que pessoas ponham em questão a autoridade suprema do criador.

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  2. Não sei porque nem como mais esta escrito não da para suavisar que só vai piorar pois Deus não presisa que ninguen suavise pra ele alen do mais lamentar e arrepender praticamente são a mesma coisa

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  3. Lamentar: “sentir descontentamento por algo”
    arrepender: entre outras definições tem o sentido de “Pesar por alguma falta cometida”. Isto obviamente não pode ser aplicado a Deus. Deuteronômio 32:4 diz que “perfeita é a sua atuação”. Ele é sábio em sentido superlativo. Portanto, não é uma questão de “suavisar” mas de evitar difamar ou dar uma impressão equivocada sobre a atuação do Ser Supremo. Para os que amam e respeitam a Deus isto tem uma diferença muita grande. Mas para os que questionam a autenticidade da Bíblia e a inspiração das Escrituras Sagradas, este texto é um pretexto para “criticar” a atuação Dele com base em traduções inconsequentes do texto hebraico.

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  4. posso , dizer que DEUS ,nunca se arrepende ,mas lamenta por alguém que não exerceu o seu trabalho , por exemplo : Saul ,que durante seu reinado não execultou as ordens de DEUS. DEUS sempre vai olhar para o coração daquele que tem mais responsabilidade disponibilidade ,e que tenha amor pela obra , então que sirva de exemplo para mim e para vc ,se tivermos indisponibilidade na obra ,DEUS vai usar outro . esteja sempre na brexa ,e nunca faça
    DEUS se lamentar pelos seus atos ..

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  5. Arrepender é algo que só pode acontecer depois que a oportunidade de fazer diferente já passou, correto?

    Provavelmente o texto de Jeremias 18:8 esclarece melhor o sentido do que é traduzido por “arrepender”.

    TNM
    “e esta nação realmente recuar da sua maldade contra a qual falei, também eu vou deplorar a calamidade que pensei em executar sobre ela.”

    Almeida Corrigida e Revisada Fiel

    “Se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe”

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  6. De pouco adiantou, embora sabiamente o termo “lamentar” seja mais suave – digamos assim – que “se arrepender”. Porque Deus, sendo omnisciente, faria algo do qual depois reclamaria de ter feito?

    A ação lamentada (criação do ser humano) partiu do próprio lamentador. E não ficou apenas no lamento, como a Bíblia deixa bem claro. Ora, uma reclamação de uma ação feita pelo próprio lamentador, que por causa desta gerou outra ação (dilúvio), desta vez de cunho corretivo e punitivo. Uma lamentação que gera consequências contra algo que o próprio lamentador fez, na minha humilde opinião, não pode ser entendida como tal, mas sim num arrependimento pela primeira ação.

    Ainda que seja somente lamentação (por exemplo, pelo fato de o dilúvio fazer parte de um plano maior), ainda ficam lacunas: afinal, para que Deus, sendo onisciente, faria um plano? Ou, por que inocentes (crianças , pessoas que nunca havia ouvido falar e animais) morreram no dilúvio?

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  7. Quando Jeová Deus criou o homem ele percebeu que sua criação era muito boa. Tudo o que Ele fez foi perfeito. Mas lamentou ter feito o homem a partir do momento que percebeu que mesmo lhes dando o livre direito de escolher o que fazer, estes, decidiram não servi-lo por amor e serem obedientes, mas antes, escolheram ser independentes Dele. Deus não lamentou ter criado o homem assim que os criou, mas assim que estes falharam no teste de obediência. Fica claro então, que o “lamento” se deve não a algum erro de sua parte, mas as escolhas ruins que os humanos fizeram. Não há como ver falha em Deus neste caso. Ademais, como enfatizado no artigo, Deus não se “arrependeu”, antes “ficou magoado” ou “lamentou” neste sentido. Isto é perfeitamente normal e um pai que cuida do filho e depois tem uma retribuição negativa sabe o que isso significa.Provérbios 27:11 explica o que o Ser Supremo espera de cada um de nós. Observe o que diz certo artigo a este respeito.

    Como Somos Feitos

    Junto com a dádiva do livre-arbítrio, Deus nos deu a habilidade de pensar, de avaliar as coisas, de tomar decisões e de distinguir o certo do errado. (Hebreus 5:14) Assim, o livre-arbítrio se basearia numa escolha inteligente. Não fomos feitos como robôs que não pensam, sem vontade própria. Tampouco fomos criados para agir por instinto, como os animais. Em vez disso, nosso maravilhoso cérebro foi projetado para operar em harmonia com a nossa liberdade de escolha.

    O Melhor Início

    Para mostrar quanto Deus se importava, além da dádiva do livre-arbítrio, nossos primeiros pais, Adão e Eva, receberam tudo o que alguém poderia razoavelmente desejar. Foram colocados num amplo paraíso semelhante a um parque. Tinham fartura material. Tinham mente e corpo perfeitos, de modo que não precisavam envelhecer, ficar doentes ou morrer — poderiam ter vivido para sempre. Teriam filhos perfeitos que também poderiam ter um futuro feliz e eterno. E a população em expansão teria o trabalho satisfatório de por fim transformar a Terra inteira num paraíso. — Gênesis 1:26-30; 2:15.

    Sobre o que se lhes proveu, a Bíblia relata: “Deus viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom.” (Gênesis 1:31) A Bíblia diz também a respeito de Deus: “Perfeita é a sua atuação.” (Deuteronômio 32:4) Sim, o Criador deu à família humana um início perfeito. Não poderia ter sido melhor. Ele revelou ser um Deus que realmente se importa!

    Liberdade Dentro de Limites

    Mas tencionava Deus que o livre-arbítrio fosse sem limites? Imagine uma cidade bem movimentada sem nenhuma lei de trânsito, onde todos pudessem dirigir em qualquer sentido e a qualquer velocidade. Gostaria de dirigir em tais condições? Não, pois isso geraria confusão no trânsito e certamente resultaria em muitos acidentes.

    O mesmo se dá com a dádiva divina do livre-arbítrio. A liberdade irrestrita significaria anarquia na sociedade. É preciso que haja leis que governem as atividades humanas. A Palavra de Deus diz: “Comportai-vos como homens livres, não usando a liberdade como cobertura para o mal.” (1 Pedro 2:16, A Bíblia de Jerusalém) Deus deseja que o livre-arbítrio seja regulamentado para o bem comum. Ele tencionou para nós não uma liberdade total, mas uma liberdade relativa, sujeita à regulamentação da lei.

    As Leis de Quem?

    Fomos feitos para obedecer às leis de quem? Outra parte do texto em 1 Pedro 2:16 (BJ, em inglês) declara: “Sois escravos de nenhum outro exceto de Deus.” Isso não significa uma escravidão opressiva, mas, ao contrário, que fomos feitos para ter a máxima felicidade quando nos sujeitamos às leis de Deus. (Mateus 22:35-40) Suas leis, mais do que quaisquer leis feitas por humanos, fornecem a melhor orientação. “Eu, Jeová, sou teu Deus, Aquele que te ensina a tirar proveito, Aquele que te faz pisar no caminho em que deves andar.” — Isaías 48:17.

    Ao mesmo tempo, as leis de Deus permitem grande liberdade de escolha dentro dos limites. Isso resulta em variedade e torna a família humana fascinante. Pense nos diferentes tipos de alimento, roupa, música, arte e moradias em todo o mundo. Certamente preferimos ter nossa escolha em tais assuntos em vez de outra pessoa decidir por nós.
    De modo que fomos criados para ter a máxima felicidade quando nos sujeitamos às leis de Deus sobre comportamento humano. É similar à sujeição às leis físicas de Deus. Por exemplo, se desconsiderarmos a lei da gravidade e pularmos de um lugar alto, ficaremos feridos ou morreremos. Se desconsiderarmos as leis inerentes de nosso organismo e pararmos de comer, de beber ou de respirar, morreremos.
    Tão certamente quanto fomos criados com a necessidade de nos sujeitar às leis físicas de Deus, fomos criados com a necessidade de nos submeter às leis morais e sociais de Deus. (Mateus 4:4) Os humanos não foram criados para ser independentes de seu Criador e, ainda assim, ter êxito. O profeta Jeremias diz: “Não é do homem terreno o seu caminho. Não é do homem que anda o dirigir o seu passo. Corrige-me, ó Jeová.” (Jeremias 10:23, 24) Portanto, de todos os modos, os humanos foram criados para viver sob o governo de Deus, não sob o seu próprio.

    A obediência às leis de Deus não seria um fardo para nossos primeiros pais. Em vez disso, promoveria o bem-estar deles e da inteira família humana. Se o primeiro casal se tivesse conservado dentro dos limites das leis de Deus, tudo teria sido bom. Na verdade, estaríamos agora vivendo num maravilhoso paraíso de prazer como amorosa e unida família humana! Não haveria nem maldade, nem sofrimento, nem morte.

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  8. SAMUEL MOITINHO,

    Você está fazendo complicações baseadas em conceitos de Predestinação. Te aviso que as Testemunhas Cristãs de Jeová não acreditam na predestinação, de forma que assim problemas dessa natureza desaparecem, nossa teologia envolve um Deus que reage de acordo com que os seres humanos efetivamente fazem e não do que previu que iriam fazer. Seu questionamento faz sentido de ser feito a alguém que se pauta pela teologia calvinista que é centrada na ideia de Destino.

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  9. TOMÉ LOPES, não vou publicar seu comentário pois o Sr mente ao dizer q a TNM foi produzida somente “a partir do inglês”. Na verdade ela foi feita com “constante consulta aos idiomas originais”. Tenho todo o direito de enviar para lixeira opinião de pessoas que só postam para contender ou “discutir” sem interesse genuíno na verdade pura. A mentalidade de alguns é o de ridicularizar as TJ e não vou transformar esta página num mural para gente igual a você. A TNM não é uma versão produzida somente a partir do Inglês como da a entender de modo enganoso. Vá procurar o que fazer ao invés de repetir engano. Até porque existem frases em inglês que perdem totalmente o sentido em português. Estais desinformando ao invés de informar. Portanto seus comentários não são bem vindos. Além disso sua teimosia em dizer que “arrepender-se” e “lamentar” tem a mesma definição, ignora que existe sim uma diferença básica na acepção destas palavras. Deus jamais se “arrepende” de algo. Mas que ele lamenta, isso tem muito mais sentido ao compararmos com a Bíblia e o que ela nos revela sobre que tipo de pessoa que Deus é.

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  10. Eu fico realmente impressionado com a maestria argumentativa utilizada pelo Saga e Queruvim, sinto muita vontade de aplaudir de pé! Agora Queruvim, pelo amor de Jah, qual o tamanho deste site?? Estou baixando-o para acessar seu conteúdo offline e já tem mais de 14gb! D:

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  11. De pouco adiantou, embora sabiamente o termo “lamentar” seja mais suave – digamos assim – que “se arrepender”. "Além disso sua teimosia em dizer que “arrepender-se” e “lamentar” tem a mesma definição"

    Quando você chega pra sua vizinha, e ela diz que o pai dela morreu. Você diz assim: “Poxa, lamento muito”.
    Você matou o pai dela? Não! Então pronto.

    Agora se você dissesse que “se arrepende”, só pode ter se arrependido ou de te-lo matado, ou de ter contratado um matador para mata-lo ou por deixa-lo morrer, ter negado socorro, de alguma forma, a culpa é sua, isso é o ARREPENDIMENTO.

    O fato da TNM deixar clara a diferença, é outro, dos muitos pontos a favor dela, mas isso é chover no molhado, pontos a favor é o que mais tem, quero ver é citarem pontos contra ela.

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  12. Se de fato existisse um ser onisciente ele seria indiferente, é impossível se lamentar, decepcionar ou mesmo arfar se você tem consciência absoluta do infinito.

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  13. Amen..In Isiah 38;1-6 Prophet Isiah went to Hezekiah saying ” This is what the Lord says; put your house in order,bcoz you are going to die;you will not recover.and Hezekiah in verse 2.turned his face to the wall and prayed to the Lord saying Verse 3. Remember Lord,how I have walked before you faithfully and with wholeheartedly devotion and have done what is good in your eyes and he wept bitterly….
    And the Lord came to Isiah V.5 saying Go and tell Hezekiah I have heard your prayers and seen your tears I WILL ADD FIFTEEN YEARS TO YOUR LIFE…
    It is Amazing to know how Jehovah God deeply loved us…Through our Prayer and Faith to Him he is humbly change His mind…
    Shukran Queruvim!

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  14. Mesmo que Jeová se arrepende se, seria totalmente compeensível!!!!
    já observaram a ” qualidade ” dos humanos? Deus criou o ser humano para ser a sua imagem e semelhança, e em vez de refletir isso, temos humanos que não sabem se são machos ou fêmeas, homem quer ser mulher e mulher quer ser homem. Outros afirmam que somos restos de um macaco ou seja lá de que porcaria for. Eu vejo Jeová suspirando profundamente ao olhar aqui para a sua criação. Mesmo que ele se arrependeu de criar o ser humano, dá pra entender.( é óbvio que ele não se arrependeu)

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  15. Shukran, interesting comment! I hope Jehovah God protects you in the middle east! For more information about Jehovah God it would be interesting to read this article:

    JEHOVAH

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  16. Olá Queruvim….
    Ótimo texto…
    O texto citado acima de Deuteronomio 32:4 me causa certa dúvida quando o vejo em outras traduções.

    TNM 1986 – Perfeita é a sua ‘atuação’
    TNM 2015 – Perfeito é tudo ‘o que ele faz’
    ARC – … cuja ‘obra’ é perfeita

    Qual a palavra em hebraico aplicada aqui?

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  17. Luciano, a palavra hebraica פֹּ֫עַל (Po’al) significa “ação, atuação, trabalho, feito”. Foi vertido “atuação” visto que não se refere a um trabalho específico, mas diversas ações de Jeová no geral.

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  18. Me desculpe mas a sua explicação não anula o fato de um ser “perfeito” ter criado um ser tão falho, um pai que mata todos seus filhos e depois repovoa a terra com outra “safra” das mesmas criaturas, mesmo sabendo que iria dar merda, afinal ele não é onisciente? E ainda mandará para o inferno todos que não acreditam nele (o que prova que o livre arbítrio é falso). É muito comodo né colocar a culpa na criatura e não no criador.

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  19. você está confundido o deus dos evangélicos e católicos, com o Deus Verdadeiro, identificado por nós. O ensino de que Deus prevê tudo é errado. Ele faz uso seletivo deste poder e o condiciona a sua sabedoria e amor. Não prevê tudo de forma incondicional, assim como vc pode carregar 20 kilos mas isso não quer dizer que sempre o faça. O Ser Supremo tem autodomínio sobre seu poder de prever eventos futuros. Não é como ensinam os evangélicos e outros que dizem que ele prevê tudo sem exceção. A obra Estudo Perspicaz das Escrituras aborda este assunto ao dizer:

    Conceito predestinacionista.

    O conceito de que o exercício da presciência, por parte de Deus, é infinito e de que ele deveras predetermina o proceder e o destino de todas as pessoas é conhecido como predestinacionismo. Seus proponentes arrazoam que a divindade e a perfeição de Deus exigem que Ele seja onisciente (que saiba de tudo), não apenas com respeito ao passado e ao presente, mas também com respeito ao futuro. Segundo este conceito, não ter ele presciência de todos os assuntos, em seus mínimos detalhes, evidenciaria imperfeição.

    Este conceito significaria que, antes de criar os anjos e o homem terreno, Deus exerceu seus poderes de presciência, previu e soube de antemão tudo o que resultaria de tal criação, inclusive a rebelião de um de seus filhos espirituais, a subseqüente rebelião do primeiro casal humano no Éden (Gên 3:1-6; Jo 8:44), e todas as conseqüências funestas de tal rebelião até o presente e mais além. Isto significaria necessariamente que toda a iniqüidade registrada pela História (o crime e a imoralidade, a opressão e o resultante sofrimento, as mentiras e a hipocrisia, a adoração falsa e a idolatria) já existia, antes do início da criação, apenas na mente de Deus, na forma de sua presciência quanto ao futuro, em todos os mínimos detalhes.

    Se o Criador da humanidade tivesse realmente exercido Seu poder para saber de antemão tudo o que a História presenciou desde a criação do homem, então o pleno peso de toda a iniqüidade que disso resultou foi deliberadamente acionado por Deus, quando ele proferiu as palavras: “Façamos o homem.” (Gên 1:26) Estes fatos põem em dúvida a razoabilidade e a coerência do conceito predestinacionista; especialmente em vista de que o discípulo Tiago mostra que a desordem e outras coisas vis não se originam da presença celestial de Deus, mas são de origem “terrena, animalesca, demoníaca”. — Tg 3:14-18.”

    Exercício infinito da presciência? O argumento de que não saber Deus de antemão todos os eventos e circunstâncias futuras, em todos os pormenores, evidenciaria imperfeição de Sua parte é, na realidade, um conceito arbitrário sobre perfeição. A perfeição, corretamente definida, não exige tal extensão absoluta, toda abrangente, uma vez que a perfeição de algo depende realmente de se enquadrar por completo nos padrões de excelência fixados por aquele que está habilitado a julgar os seus méritos. (Veja PERFEIÇÃO.) Em última análise, a vontade e o bel-prazer do próprio Deus, não opiniões ou conceitos humanos, são os fatores decisivos quanto a se algo é ou não perfeito. — De 32:4; 2Sa 22:31; Is 46:10.

    Para ilustrar isso, a onipotência de Deus é inegavelmente perfeita e infinita em capacidade. (1Cr 29:11, 12; Jó 36:22; 37:23) Todavia, sua perfeição em força não demanda que ele use seu poder ao máximo da capacidade de sua onipotência em todo e qualquer caso. É evidente que ele não fez isso; se o tivesse feito, não só certas cidades e nações antigas teriam sido destruídas, mas a terra e tudo nela há muito já teriam sido obliterados por execuções do julgamento de Deus, acompanhadas de poderosas expressões de desaprovação e fúria, assim como no Dilúvio e em outras ocasiões. (Gên 6:5-8; 19:23-25, 29; compare isso com Êx 9:13-16; Je 30:23, 24.) Portanto, o exercício por parte de Deus de seu poder não é o simples desencadear de poder sem limites, mas é governado constantemente por seu propósito, e, quando merecido, moderado por sua misericórdia. — Ne 9:31; Sal 78:38, 39; Je 30:11; La 3:22; Ez 20:17.

    De modo similar, se em certos sentidos Deus resolver exercer sua infinita habilidade de presciência de forma seletiva e no grau que lhe agrade, então seguramente nenhum homem ou anjo pode, de direito, dizer: “Que estás fazendo?” (Jó 9:12; Is 45:9; Da 4:35) Portanto, não se trata duma questão de habilidade, do que Deus possa prever, saber de antemão e predeterminar, pois “a Deus todas as coisas são possíveis”. (Mt 19:26) A questão é o que Deus julga apropriado prever, saber de antemão e predeterminar, pois “fez tudo o que se agradou em fazer”. — Sal 115:3.

    O exercício seletivo da presciência. A alternativa ao predestinacionismo, o exercício seletivo ou criterioso dos poderes de presciência de Deus, teria de harmonizar-se com as normas justas do próprio Deus e ser coerente com o que ele revela sobre si mesmo em Sua Palavra. Em contraste com a teoria do predestinacionismo, diversos textos apontam para um exame, por parte de Deus, de dada situação então existente e para uma decisão feita à base de tal exame.

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  20. E ainda mandará para o inferno todos que não acreditam nele (o que prova que o livre arbítrio é falso). É muito comodo né colocar a culpa na criatura e não no criador.

    DEUS NÃO CRIOU UM LUGAR SUBTERRÂNEO DE TORMENTO!

    O que é mesmo o inferno?

    SOBRE O INFERNO vc anda ouvindo o que a religião falsa ensina….tire 2 minutos e leia o seguinte:

    https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2002521?q=inferno&p=par

    ESTUDE ESTES LINKS E OBSERVARÁ QUE A VERDADE NÃO TEM SIDO ENSINADA PELAS IGREJAS TRADICIONAIS.

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